Ás vezes gostava que viesse uma forte brisa que descolasse os meus pés do chão, e me levasse lá para o ponto mais alto do céu. Os meus problemas ficariam coladinhos ao chão, como tivessem raízes fortes, inquebráveis. De dia, seria só eu e os pássaros, a voar livremente, sem objectivos nem preocupações, atravessando as nuvens. De noite, as estrelas brilhariam fortemente para me iluminar o caminho. Mas se formos a ver, só estaria a fugir aos problemas. Quando voltasse lá para baixo, saberia que não tinha resolvido nada. Os problemas continuariam na mesma. Ou até maiores.
Fugir nunca serviu de nada
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